E não é preciso procurar muito, basta passar por alguma avenida movimentada do centro de São Paulo, por exemplo, para perceber que quem não tem, não tem e quem tem, não está nem aí, para quem não tem. E ponto final. É cada um olhando para o próprio umbigo e fim de papo.
Visto de um só ângulo dá para notar o mosaico de prédios de luxo e bocas de lixo, enquadrados em um só flash.
Hoje, da janela do trem suburbano que uso para ir ao trabalho vi - em uma só olhadela - a invasão da favela que se avizinha à linha férrea e, ao fundo, condomínios verticais bem elaborados. Coisa de cenário cinematográfico.
Enquanto não houver políticas públicas decentes, capazes de equalizar o problema e proporcionar moradia digna ao povo carente, assistiremos a cenas como essa, inertes em nosso comodismo. Das janelas das lotações ou ali no calçadão mais próximo.
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