Não é novidade pra ninguém que qualquer picareta pode exercer a profissão de jornalista em todo o território nacional. Se não sabe, saiba: desde junho de 2009, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu derrubar a exigência do diploma para exercício da profissão de jornalista.
A decisão foi um prato cheio para as empresas de comunicação que, agora, podem contratar toda sorte de aventureiros para compor seus quadros funcionais, sem a exigência de diploma de qualificação em comunicação social. E na hora de contratar um “acho que sou” qualquer ou um profissional habilitado, adivinha quem vai cobrar menos e ficar com o emprego?
Um fato curioso aconteceu em 2006, quando o mesmo STF garantiu aos profissionais de comunicação que não possuíam diploma de ensino superior, mas que já atuavam na área, ter registro no Ministério do Trabalho. Mas aí a conversa é outra: nesse caso, eles já eram tarimbados e mestres do que faziam. Com a liberação desse povo todo – que jamais viu uma emissora de rádio, uma redação de jornal e que não faz a mínima ideia do que possa ser um lead – a coisa degringolou. Não é difícil encontrar “jornalista de carteirinha”, que mal pronuncia a palavra carteirinha. Problema então vira “poblema” ou “pobrema”, o que é um sério problema para o progresso da profissão.
Na esteira das discussões sobre a volta da exigência do diploma, a gente vê e ouve muita coisa. Democrático que sou, procuro respeitar todas, apesar de não concordar com nenhum dos argumentos que destituem profissionais e dão espaço para qualquer um ter registro profissional de jornalista, sem ter frequentado uma universidade.
Hoje tive o desprazer de ouvir essa fala http://bit.ly/ch48QI do grande Alexandre Garcia. Admirador que sou de seu profissionalismo acho que ele perdeu uma grande oportunidade de não se manifestar.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
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Bem a calhar o seu post de hoje. Tudo a ver com o meu. Já viu?
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