sexta-feira, 12 de junho de 2015

Mecânicos e mexânicos

A triste história do carro que passou a andar de lado, tipo caranguejo

O que mais gosto nesse meu blog, é justamente a minha presença sazonal. Não que não tenha acontecido coisas interessantes pra postar; muito pelo contrário. Minha vida é um mar de ocorrências, umas legais, outras, nem tanto, porém o que me falta mesmo é tempo e – na maioria dos casos – preguiça mesmo de pôr no “papel”, as inúmeras coisas que me ocorrem ou que apenas observo acontecer com os outros. Mas, como diria Roberto Carlos em seu eterno calhambeque "Essa é umas das muitas histórias que acontecem comigo”.
O assunto também envolve carro, só que não um calhambeque. O protagonista da vez é o meu carro popular mesmo.
Como o bichinho já está comigo há alguns anos, ele sempre reclama de alguma peça desgastada ou que está fazendo um barulhinho nesta ou naquela articulação. Reclamação atendida, saímos do mecânico com a manutenção em dia e entramos na primeira porta que dizia: alinhamento e balanceamento. Eu tinha uns compromissos que poderiam ser resolvidos no interstício do tempo em que meu camarada era submetido à calibragem ortopédica. Larguei ele lá, aos cuidados dos caras que se apresentaram como profissionais, e fui cuidar da vida.
Voltei, entrei, liguei, andei, me irritei.
Por que?
Um pneu andava em linha reta e o outro insistia em virar à esquerda. Ou seja, o carro saiu pior do que entrou. Mas já estávamos longe demais para retornar no mesmo dia. No seguinte, lá fomos nós tentar consertar o conserto. Só que os picaretas tentaram me convencer de que haviam feito um bom trabalho e que... e que.... ah, sei lá quais argumentos usaram para me persuadir a ir embora ou então, pagar uma nova quantia para que eles refizessem o que já havia sido feito, quer dizer, mal feito.
OK. Depois de alguns pareceres de ambas as partes, se convenceram de que não iriam me convencer e, vencidos, subiram meu carro naquele elevador de novo. Mexe de cá, aperta parafuso de lá. Ficou pronto. Fui embora sujando as mãos no volante, com a graxa deixada pelo porco e entrei na próxima porta com placa que dizia: alinhamento e balanceamento.
Confesso que não me surpreendi quando tive de pagar pra fazer, desta vez direito, o serviço que já havia teoricamente sido feito na oficina anterior.
Entre voltar lá, pedir meu dinheiro de volta e ter de parlamentar tudo de novo com aquela legião de picaretas, preferi ouvir a voz de um amigo: esqueça isso e bola pra frente.

Resumo da ópera: o molho ficou mais caro que o peixe.