sexta-feira, 30 de julho de 2010

Sorte de quem os contratou

Estou de volta depois de alguns dias sem dar as caras por aqui. Mas não pense que foi a falta de assunto que me tirou temporariamente desse espaço. Muito pelo contrário, foi o excesso de atividades que não me permitiu abastecer o que posso chamar de oficina de ideias.

Tantas coisas aconteceram, a maioria digna de nota, mas uma delas se destacou no universo de contecimentos no cotidiano: a saída de dois grandes personagens de meu ambiente de trabalho. Há pessoas que passam pelas nossa vidas e, por mais que sejam importantes, não conseguem, sequer ser lembradas quando consultamos nosso HD em busca de velhas lembranças. Outras imprimem sua presença de forma tão contundente, que fica impossível não lembrarmos delas, diante do mais simples comentário do dia-a-dia.

Foi dessa forma que duas figuras interessantes deixaram meu ambiente de trabalho, depois de longa data: o webmaster Danilo Yoshida e o grande jornalista Marcelo Daniel foram doar talento a outras empresas e, claro, receber uns cruzeiros a mais por isso.

Yoshida é o típico jovem da geração digital, até por isso emprestou seus conhecimentos na área de informática, durante muito tempo a um boletim sobre o assunto, quando eu apresentava o jornal da Rádio Estação de Franco da Rocha, município da grande São Paulo. Ele é do tipo que tem como passatempo ficar em frente ao computador desenvolvendo algum projeto que, nós leigos, não faríamos nem em hora de serviço, mas pra ele é diversão. Sabe tudo do assunto.

Não que eu tenha sentido muita falta dele no departamento, porque quando estava concentrado, era quase impossível notar sua presença. O cara era abduzido mesmo pelo trabalho, mas naquela mesa do boteco, após a jornada, ela faz uma falta danada. 

Da mesmo forma, observo a saída do Marcelo Daniel. Ele é o tipo de profissional completo: inteligente, antenado com tudo que acontece mundo afora e, mesmo com pouca idade, conhecedor de flashbacks inimagináveis a um ser tão prematuro; além disso, a segurança com que trasmite seus ensinamentos deixa claro que a concorrência não o abala. Seus boletins diários na mesma rádio eram gostosos bate-papos, que faziam eu e - tenho certeza - os ouvintes aumentarem o volume do rádio depois da vinheta de abertura. Tudo isso, diuturnamente acompanhado de um indescritível bom humor.  Marcelo é o tipo de profissional que qualquer empresa com o mínimo de bom senso contrata, sem fazer objeções.

Fica aqui a homenagem aos amigos, profissionais e, por que não dizer, irmãos de fé, Danilo Yoshida, o Japa do Paraguay e Marcelo Daniel, o locutor das multidões.

Sorte, saúde e sucesso em seus novos trabalhos.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

O trem nosso de cada dia

Hoje vi no G1 http://bit.ly/cdMJ8h, que os trens da CPTM, em Sâo Paulo, mais precisamente a linha “Esmeralda, nº9 (os trechos recebem nomes de pedras preciosas ), que liga Osasco ao Grajaú, apresentava problemas com as composições. Segundo a reportagem, os trens chegavam a parar entre uma estação e outra, apesar de a Companhia não admitir falhas.


Confesso que devo ter usado pouco esse ramal ferroviário e, todas as vezes, percebi que há uma intervalo muito grande entre os trens, talvez pela quantidade relativamente baixa de usuários, em comparação com as outras linhas.


Quando via a reportagem, automaticamente me lembrei da linha Rubi, que liga as estações de Luz e Francisco Morato e recebe uma verdadeira avalanche de usuários diariamente, porque transporta os trabalhadores das cidades-dormitório da região oeste.


O que mais me deixa indignado é que, literalmente, todos os trens reduzem a velocidade quando se aproximam de qualquer um dos dois terminais. É uma coisa de dar nos nervos o anda-para e os pequenos solavancos, nos dão a impressão de que o condutor não sabe se acelera ou freia.


Até entendo que, para mudar de trilho, o trem tenha de passar em baixa velocidade, mas não compreendo porque os senhores engenheiros da empresa não criam uma logística de chegada e saída dos trens, sem a necessidade de testar a paciência do usuário.


No entanto tenho de admititir que o atendimento tem melhorado consideravelmente. Há um serviço que recebe denúncias via torpedo SMS http://bit.ly/8e8ZDs. Funciona assim: quando o usuário vê alguma coisa errada dentro do trem, ele pode mandar uma mensagem de texto para a companhia, que destaca seguranças para averiguar. Tudo isso de forma anônima e muito discreta, sem comprometer o autor da denùncia. Qualquer anormalidade que possa atrapalhar a viagem, como usuários de drogas, vendedores ambulantes, brigas ou pessoas suspeitas são averiguados na próxima estação, tão logo a empresa receba o torpedo-denúncia. O número é 7150-4949.


Outra novidade que deve ser reconhecida como um avanço para a população é apresença de um segurança por vagão nos trens novos, aliás, isso deveria ser estendido a todos os trens. Além de garantir uma viagem mais tranquila aos passageiros, ainda gera emprego e renda.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Assados "ao ponto"

Hoje eu saí de casa bem agasalhado. Acordei cedo, por volta das 7h30 (isso pra mim é madrugada) em busca de mais um dia.


Logo ao abrir a porta da garagem percebi que minha espinha dorsal não apresentava os famosos arrepios delatores de um dia frio.
Bom... pra essa história não ficar com cara de "meu querido diário", devo dizer que meu termômetro natural, mais uma vez, não se enganou.


São Paulo teve hoje 28,4ºC de temperatura máxima, portanto, o dia mais quente deste inverno, segundo medição do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) http://www.inmet.gov.br/.


O próprio Instituto alerta que o normal seria algo em torno de 22,1ºC e que a temperatura está muito acima disso para essa época do ano. No último dia 25 de junho também fez calor, mas o forninho ficou regulado em 27,7ºC.


Desnecessário dizer que o aquecimento global é quem está causando essa bandalheira no clima do planeta, mas penso que é errado dizer que a culpa é dele. Na verdade nós é que somos os verdadeiros culpados da sauna aumentar cada vez mais seu poder de destruição. É uma boa parte dos seres humanos que não regula seus automóveis, para emitirem menos gases poluentes, não se preocupa em usar e descartar na natureza as sacolinhas plásticas de supermercado, não reduz o tempo do banho, não separa o lixo reciclável, não, não, não.


Junte-se a esse descontrole climático, todos os outros problemas sociais ao redor do globo, tão irreversíveis quanto a onda de calor que derrete as geleiras, sobe o nível do mar e cozinha a gente em fogo, cada vez mais alto. Guerras, fome, doenças, líderes de nações que não se entendem e falsos profetas - que prometem o reino dos cés, como um político corrupto em franca campanha eleitoral - contribuem para a instalação do caos anunciado.


Ao meu ver - e me corrijam se eu estiver errado - o mundo está mesmo precisando ser passado a limpo. Com urgência.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Quem quiser que conte outra

Sempre que chega no final do dia, dou uma olhada em meus e-mails. Hoje recebi um que se salvou em meio a um turbilhão de mensagens que recebo diariamente.

Como não repasso correntes, sejam elas quais forem, não importa o conteúdo e por ter achado esse assunto pertinente estou postando só para dar um pouco mais de ênfase ao que escrevi ontem.

Trata-se de uma piada que, se fosse contada fora de época, não teria tanta graça, mas o período é propício para uma análise mais apurada. No final você vai ver que não tem graça nenhuma.

Vamos lá:

Dançarino de boate gay


A professora pergunta na sala de aula:
- Pedrinho qual a profissão de seu pai?
- Advogado, professora.
- E a do seu pai, Marianinha?
- Engenheiro.
- E o seu, Aninha?
- Ele é médico
- E o seu pai, Joãozinho, o que faz?
- Ele... Ele é dançarino numa boate gay!
- Como assim? (pergunta a professora, surpresa)
- Fessora, ele dança na boate vestido de mulher, com uma tanguinha minúscula de lantejoulas; os homens passam a mão nele e poem dinheiro no elástico da tanguinha e depois saem para fazer programa com ele.
A professora rapidamente dispensou toda a classe, menos Joãozinho.
Ela caminha até o garoto e novamente pergunta:
- Menino, o seu pai realmente faz isso?
- Não, fessora. Agora que a sala tá vazia, eu posso falar :
Ele é político... Mas dá uma vergonha falar isso na frente dos outros !!!

Reflita bem antes de (re)eleger essas pessoas que pouco ou nada fazem pelo coletivo. Essas figuras já conhecidas que sempre dão as caras em ano eleitoral. Não se deixe enganar por seus discursos falidos. Pense antes de votar. Valorize seu voto!!


Importante salientar que nada tenho contra dançarinos de boate gay. É um ofício muito mais digno e honesto do que esbanjar o dinheiro do povo.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Vem aí mais um campeão de... TVs desligadas

Está quase chegando a hora do horário eleitoral gratuito. A propaganda na TV e no rádio começa em 17 de agosto e termina só em 1 de outubro.
É um espaço disputado a unhas e dentes pelos candidatos que pleiteiam um (ou mais um) mandato.

O mais interessante disso tudo é a cara de pau com que a maioria deles vai ao ar tentar nos convencer de que merece nosso voto sagrado. São promessas mirabolantes, ofensas aos adversários, fórmulas prontas para resolver problemas milenares em poucos meses e projetos que nunca saem do papel.

Subliminarmente, grande parte deles só quer mesmo as mordomias que um cargo político proporciona. Travestidos de cordeiros, os lobos almejam gordos salários, uma penca de acessores, verbas de gabinete e mais um monte de benefícios bancados por nós contribuíntes. Um absurdo.

Para não ficar chovendo molhado, porque todo mundo já sabe disso, vejamos alguns exemplos:

Entre salário mensal e verbas de gabinete, o custo de um deputado federal chega a R$ 102,3 mil. E nós é que pagamos.

Já os deputados estaduais paulistas são mais modestos. Cada um deles ganha cerca de R$ 29,5 mil por mês, assim composto: R$ 9,6 mil de salário, R$ 2,2 mil para auxílio moradia, R$ 991 de ajuda de custo e R$ 16,6 mil de verbas de gabinete. Uma ninharia, coitados.

O gasto anual com os 81 senadores chega à casa dos R$ 10,2 milhões. Detalhe: cada um deles tem direito a carro, motorista particular e 25 litros de combustível por dia, tudo fornecido pela casa.

O presidente da República é o mais modesto. Seu salário é de apenas R$ 8,8 mil mensais.

Portanto se você, astuto leitor, pretende não votar em protesto a isso tudo, está redondamente enganado. Lembre-se de que, a cada abstenção, esses políticos crônicos que emendam um mandato no outro e só dão as caras em época de eleição, têm mais chances de ser re-e-e-e-e-e-leito e de continuar sendo sustentados por nós, que não os tiramos de lá. Seja por votar errado ou simplesmente por não votar.

Olha aí, uma chance de eleger alguém que conhecemos de verdade e, portanto, podemos cobrar trabalho.

Não se esqueça que, de uma forma ou de outra, alguém vai ocupar as vagas e gastar nosso dinheiro.

Se não tiramos uma boa parte dessa turma de lá, o horário eleitoral gratuito pode nos sair muito mais caro do que imaginamos.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Estudar que é bom, ninguém quer!

Não é novidade pra ninguém que qualquer picareta pode exercer a profissão de jornalista em todo o território nacional. Se não sabe, saiba: desde junho de 2009, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu derrubar a exigência do diploma para exercício da profissão de jornalista.

A decisão foi um prato cheio para as empresas de comunicação que, agora, podem contratar toda sorte de aventureiros para compor seus quadros funcionais, sem a exigência de diploma de qualificação em comunicação social. E na hora de contratar um “acho que sou” qualquer ou um profissional habilitado, adivinha quem vai cobrar menos e ficar com o emprego?

Um fato curioso aconteceu em 2006, quando o mesmo STF garantiu aos profissionais de comunicação que não possuíam diploma de ensino superior, mas que já atuavam na área, ter registro no Ministério do Trabalho. Mas aí a conversa é outra: nesse caso, eles já eram tarimbados e mestres do que faziam. Com a liberação desse povo todo – que jamais viu uma emissora de rádio, uma redação de jornal e que não faz a mínima ideia do que possa ser um lead – a coisa degringolou. Não é difícil encontrar “jornalista de carteirinha”, que mal pronuncia a palavra carteirinha. Problema então vira “poblema” ou “pobrema”, o que é um sério problema para o progresso da profissão.

Na esteira das discussões sobre a volta da exigência do diploma, a gente vê e ouve muita coisa. Democrático que sou, procuro respeitar todas, apesar de não concordar com nenhum dos argumentos que destituem profissionais e dão espaço para qualquer um ter registro profissional de jornalista, sem ter frequentado uma universidade.

Hoje tive o desprazer de ouvir essa fala http://bit.ly/ch48QI do grande Alexandre Garcia. Admirador que sou de seu profissionalismo acho que ele perdeu uma grande oportunidade de não se manifestar.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Eu não entendo mais nada

Alguém se lembra quando o cantor Netinho de Paula se envolveu nesse episódio http://bit.ly/dBQqUN ? Pois é, agora o próprio é candidato a senador http://bit.ly/bfXbjK.

Ela disse que foi ele quem fez isso





Outro fato ainda mais recente é o caso do jogador de futebol, Adriano – o tal do imperador – que apareceu descaradamente em fotos fazendo gestos que remetem ao crime organizado no Rio de Janeiro; posou com supostas armas de grosso calibre e disse se tratar de uma abajur http://bit.ly/9HYI56 e agora desfruta de um contrato milionário com o Roma, da Itália, depois de dar algumas explicações mixurucas para a polícia.


Tem mais: o próprio Wagner Love também deu as caras em um baile funk na favela da Rocinha, no Rio http://bit.ly/b81WUN escoltado por supostos traficantes e, quando foi depor na polícia, negou tudo http://bit.ly/dALqLZ e ficou por isso mesmo.

Qual é a explicação para tudo isso aí acima?

Chegou a vez do rabo balançar o cachorro.

Ou, como diria Marcelo Daniel: O capim comeu a vaca!!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Se eu fosse você, não perderia tempo lendo esse texto. Eu perdi.

Todos os dias recebo uma infinidade de coisas por e-mail; algumas interessantes, outras nem tanto. Essa é uma daquelas que não é uma coisa nem outra. Pode agradar ou não, dependendo do ponto de vista.
Um amigo me enviou isso e eu quase deletei de primeira, mas algo no subconsciente não permitiu. Lá vai:


Um professor de filosofia parou na frente da classe e, sem dizer uma palavra, pegou um vidro de maionese vazio e o encheu com pedras de uns 2 cm de diâmetro. Olhou para os alunos e perguntou se o vidro estava cheio. Todos disseram que sim.

Ele então ele pegou uma caixa com pedregulhos bem pequenos, jogou-os dentro do vidro agitando levemente. Os pedregulhos rolaram para os espaços entre as pedras.

Tornou a perguntar se o vidro estava cheio. Os alunos concordaram: agora sim, estava cheio!

Dessa vez pegou uma caixa com areia e despejou dentro do vidro preenchendo o restante. Olhando calmamente para os alunos o professor disse:
- Quero que entendam, que isto simboliza a vida de cada um de vocês.
As pedras são as coisas importantes: sua família, seus amigos, sua saúde, seus filhos; coisas que preenchem a vida.
Os pedregulhos são as outras coisas que importam: o emprego, a casa, um carro...

A areia representa o resto: as coisas pequenas...
Experimentem colocar a areia primeiro no vidro e verão que não caberá as pedras e os pedregulhos...
O mesmo vale para suas vidas.
Priorizem cuidar das pedras, do que realmente importa.
Estabeleçam suas prioridades.
O resto é só areia!

Após ouvirem a mensagem tão profunda, um aluno perguntou ao professor se poderia pegar o vidro, que todos acreditavam estar cheio, e fez novamente a pergunta:
- Vocês concordam que o vidro esta realmente cheio?
Onde responderam, inclusive o professor:
- Sim está!

Então, ele derramou uma lata de CERVEJA dentro do vidro.
A areia ficou ensopada, pois a cerveja foi preenchendo todos os espaços restantes e fazendo com que ele, desta vez, ficasse realmente cheio.
Todos ficaram surpresos e pensativos com a atitude do aluno, incluindo
professor.


Então ele explicou:

NÃO IMPORTA O QUANTO SUA VIDA ESTEJA CHEIA DE COISAS E PROBLEMAS, SEMPRE SOBRA ESPAÇO PARA UMA CERVEJINHA !!!!!!



Pois Bem. Amanhã é sexta-feira.
Graaande ideia!!!! Desde que seja com moderação.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Só um tapinha não dói

Está no site http://bit.ly/auoBM1 a notícia de que o Governo Federal vai enviar ao Congesso Nacional uma proposta de Lei que prevê punição para pais que usem castigos físicos com a alegação de educar os filhos, a chamada "palmada".

Claro que espancar não é remédio e não educa ninguém em nenhuma circunstância. O presidente Lula recebeu merecida salva de palmas, quando afirmou que “conversar é melhor do que bater”. Sim, como jornalista que sou, e por utilizar a palavra como meio de vida, tenho mesmo de defender uma boa conversa em detrimento da pancadaria. No entanto acho meio absurda a ideia de se estabelecer uma Lei que proíbe os pais de darem palmadas nos filhos.

Ainda me lembro de um professor de português que tive no ensino fundamental, a quem devo sinceros agradecimentos pelo que aprendi de nossa língua, graças ao método que utilizava para incutir algum conhecimento em nossas cabeças de moleques arteiros, como todos os outros da mesma idade.

Ele nos fazia recitar o “Trem de Alagoas”, de Ascenso Ferreira ou mesmo a “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias, por exemplo, de pé, em alto e bom som, para que toda a sala ouvisse. Quando – raramente – alguém não tinha na ponta da língua, ele nos dava puxõezinhos de costeletas como “castigo”.

Na verdade não doía nada, mas só de ser o centro das atenções por alguns segundos, já nos servia de exemplo para “não tornar a outra”, como dizia meu pai. Aliás, meu pai que nunca me bateu, mas que sempre apoiou o método do professor.

No caso da tal Lei, o Governo Federal diz que a intenção não é interferir ou criminalizar as atitudes dos pais, mas evitar que casos como a morte de Isabella Nardoni se repitam. http://bit.ly/alCqmK Então peraí. Uma coisa é uma coisa e outra coisa... a gente já sabe... a menina foi morta e, como acompanhamos exaustivamente pela imprensa, ela não morreu tentando ser educada com palmadinhas, mas sim, arremessada estupidamente da janela do sexto andar de um prédio. No caso, ninguém ali estava preocupado em educá-la, mas castigá-la, o que é completamente diferente.

Com todo respeito e admiração que tenho pelo presidente Lula, o Brasil tem coisas mais, muito mais importantes e urgentes para serem resolvidas, do que Leis que regulamentam e proíbem inocentes palmadinhas no bumbum de crianças arteiras.

A propósito: de minha mãe eu levava palmadinhas todos os dias. Merecidamente, diga-se.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Tudo na vida tem prazo de validade. Inclusive a vida

Quem acompanhou a transmissão da partida entre Espanha e Holanda, pela Rede Globo ouviu o locutor Galvão Bueno deixar nas entrelinhas que se aposentará após a copa de 2014, aqui no Brasil. Mais adiante, no “Central da Copa”, ela bateu um papo com aquele menininho – Tiago Leifert – que apareceu, não sei de onde, e comandou o programa dando uma nova roupagem para as, até então sisudas, transmissões esportivas da Globo e anunciou com todas as letras que pretende mesmo deixar o “vai que é suuuuuaaaa”, para outra voz da casa.

http://www.youtube.com/watch?v=qMSJX45B5Dw

Um belo gesto do sexagenário profissional, que anuncia o pé no freio para se dedicar à família, depois de ter dado voz a tantos campeonatos e tantas disputas esportivas.

Com essa atitude, Galvão demonstra ser o tipo de homem que está em falta na mídia brasileira: os que têm coragem de admitir que já fez sua parte e que, apesar de ainda ter muita lenha para queimar – e todos nós sabemos disso – desocupa o trono para quem está chegando.

Um dia desses um grande amigo meu escreveu uma frase que julgo oportuno compartilhar com você, astuto leitor desse Blog. Ele disse: “A vida da gente é uma escada. Nós subimos até onde aguentamos; depois temos de nos preparar para descer e dar lugar aos novos. Tendo isso em mente, toda transição fica fácil... Todos nós temos nosso tempo; não queira ir além”.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Me atende direito, ô !!!

Pedir caixinha é uma coisa extremamente constrangedora, principalmente, para quem dá. No entanto, em muitos locais – restaurantes, na maioria – os 10% já estão inclusos na taxa de serviços, o que elimina o ato de pedir ou de colocar a maldita caixa de sapatos decorada, com a frase: colabore com a caixinha. Porém o que muita gente não sabe é que a gente só paga se quiser e se realmente achar que o atendimento foi digno de receber o bônus.

Eu geralmente pago. Eu disse ge-ral-men-te, porque nem sempre o atendente, o garçom ou quem quer que seja, dispensa uma atenção digamos, convincente para embolsar meu suado dinheirinho. É o caso de uma cafeteria no Shopping Bourbon, em São Paulo. Por lá passam pessoas que ostentam olhares de alto poder aquisitivo, apesar de eu saber que os olhares às vezes enganam (caso do meu).

Eu estava acompanhado de uma amiga e de seu filho, que tem uns cinco anos, aproximadamente. Nós mal entramos e um rapaz me perguntou se era mesa para dois. Ora bolas, nós estávamos em três. Ele literalmente nos seguiu até a mesa e ficou ali plantado feito um dois de paus, esperando que fizéssemos o pedido. Chato escolher um capuccino com uma estátua te observando.

Exatamente um minuto depois nos perguntou se havíamos escolhido. Respondi que “ainda não”. Ele se distanciou, mas foi bate e volta, e veio com a mesma pergunta. Juro que perdi a paciência e perguntei a ele se eu era obrigado fazer o pedido em tão curto espaço de tempo. Diante da negativa, mais uma vez ele caiu fora e dessa vez foi fazer fofoca com seus amigos atendentes, apontando para minha mesa.

Claro, óbvio e certo que fiz questão de não pagar a tal taxa de serviço. Lamento, mas não paguei mesmo. De birra.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Certa vez escrevi um texto que fala sobre as músicas e artistas que fazem sucesso repentino e desaparecem mais repentinamente ainda.
Relendo o dito cujo, notei que fiz a citação de um livro de Martha Medeiros, intitulado "Crônicas do Cotodiano". Ó que lindo: é o nome desse Blog que vc está lendo neste momento. Mas juro, acredite. Eu não plagiei ninguém.

Então lá vai o texto, caso você - astuto leitor - disponha de um tempinho pra dispensar comigo.

É melhor do que ser surdo


“A cultura de uma pessoa pode ser medida através da música que ela ouve”

Que uma coisa fique bem clara: eu não tenho a menor vocação para poeta, cantor ou compositor, portanto nunca me atrevi a escrever, sequer, uma linha que se encaixe em um desses gêneros e na única vez que arrisquei um Cartola no caraokê, o vexame foi tamanho que parei de cantarolar até debaixo do chuveiro, seriamente traumatizado com o ruído das vaias.

Dito isso, me sinto no direito de tecer qualquer comentário e – assim como no futebol, onde cada um se sente um pouco técnico da equipe pela qual torce – desfiar minha veia crítica musical, sem qualquer remorso.

Pois bem. Tenho observado a baixíssima qualidade das músicas executadas diariamente nas rádios brasileiras e exaustivamente repercutidas nas mais diversas camadas da sociedade. São verdadeiras aberrações, apologias ao consumo de álcool, drogas e ao crime; sem contar a fraca musicalidade, que geralmente é constituída de batidas eletrônicas, produzidas em sintetizadores e por pessoas que desconhecem completamente o significado de um “lá maior”.

Porém, o que me deixa perplexo são as letras. Algumas falam, falam e acabam por não dizer absolutamente nada; outras além de não falarem nada que preste, ainda reverberam sonoros palavrões, dignos de enrubescer o porteiro do inferno, mas que são cantadas em alto e bom som até por crianças, devidamente acompanhadas e incentivadas pelos pais. E se tiver um “rebola, vai”... sem comentários.

Não sei de onde tiram tanta baboseira e qual é a fonte de onde jorram tamanhas asneiras. Assim a indústria do politicamente incorreto cresce vertiginosamente, como sugerem os inúmeros lançamentos rádio e teledifundidos diariamente.

Tenho um amigo que diz (coberto de razão) que a cultura de uma pessoa pode ser medida através da música que ela ouve. Eu vou mais além e, para isso tomo a liberdade de parafrasear a escritora Martha Medeiros*, que diz em uma de suas crônicas intitulada Paz e Amor: “Em televisão, mede-se o talento de uma pessoa pelo tesão que provoca. Em música, elegem-se ídolos de curta duração, cujo repertório se encaixe numa trilha de novela”. Ou seja, acabou a novela, findou o artista.

Quem é que não se lembra – só para citar um exemplo – do grupo “Só no sapatinho”, que cantou uma e tão somente uma música de título homônimo? Nem o cartucho do pai “Galinho de Quintino” foi suficiente para manter o filhote nas paradas. Por que? Simples falta de talento, só isso. Aposto que se tivesse cantado meia dúzia de palavrões o sucesso seria outro.


Não tem jeito: a cada novela, carnaval, reality show e cada vez que ligamos o rádio, a TV ou saímos à rua, compulsoriamente compartilhamos a macabra trilha sonora do sucesso descartável e de mau gosto.


Esse é o preço que pagamos por, graças a Deus, não sermos surdos.

Ó o livro do qual eu falei:
*Autora: Martha Medeiros
Título: Non-Stop – Crônicas do cotidiano
Editora: L&PM Editores  

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Cadê o Link, Ginho???

Ontem convidei alguns amigos para visitarem esse espaço, onde publico coisas que julgo legais e quero compartilhar. No entanto, dei a maior mancada do mundo: esqueci de enviar o link do Blog.
Adorei as respostas que recebi e quero compartilhá-las também.
Fiquei feliz. Olha quanta demonstração de carinho:
  • Paulinho perguntou: cade o endereço do blog?
  • Luciana, meiga como sempre, nem mencionou a mancada que dei: Oi, amore, tudo bem? Vou olhar seu blog sim e comentar.Mas conte-me, como está vc?Estou com saudades.
  • Clarinha advertiu: Oiii Jorge, vc não mandou o link!!! "/
  • Fabio alertou: Não veio o link, Ginho! Abraços!
  • Camila mostrou o maior interesse, mas riu da situação: Eu quero conhecer. Mas cadê o link do blog??? rsrsrsrsrsrs Bjos, Camila
  • A roseli imprimiu em caixa alta: CADÊ O LINK DO BLOG?TUDO BM COM VC???BJKAS
  • karina também foi discreta no puxão de orelha: Olá tudo bem? mais qual o link do seu blog? abç
  • Olha a classe do Eduardo Lavagnolli: Grande Ginho, ficarei ainda mais feliz em ter acesso ao seu blog, mas por favor, mande o link.Grande Abraço,
  • Outro Eduardo me propôs uma troca: Se você visitar o meu, eu visito o seu. Mas eu mando o endereço, tá? Huahuahuahuahuahuah
  • Outros tantos me alertaram do esquecimento, mas o Robertinho chutou o balde, sem dó: Ô cabeçudo, você só esqueceu de enviar o endereço do blog, manda aí, bjs.
Adorei o Bjs, no final.


Abraço a todos. Sejam bem-vindos.


Ginho

terça-feira, 6 de julho de 2010

Da janela do trem

Na metrópole as elites se misturam aos mendigos. Sim. É fácil observar como ricos e pobres se confundem em um mesmo espaço, ainda que separados a quilômetros de distância monetária.

E não é preciso procurar muito, basta passar por alguma avenida movimentada do centro de São Paulo, por exemplo, para perceber que quem não tem, não tem e quem tem, não está nem aí, para quem não tem. E ponto final. É cada um olhando para o próprio umbigo e fim de papo.

Visto de um só ângulo dá para notar o mosaico de prédios de luxo e bocas de lixo, enquadrados em um só flash.

Hoje, da janela do trem suburbano que uso para ir ao trabalho vi - em uma só olhadela - a invasão da favela que se avizinha à linha férrea e, ao fundo, condomínios verticais bem elaborados. Coisa de cenário cinematográfico.



Enquanto não houver políticas públicas decentes, capazes de equalizar o problema e proporcionar moradia digna ao povo carente, assistiremos a cenas como essa, inertes em nosso comodismo. Das janelas das lotações ou ali no calçadão mais próximo.




segunda-feira, 5 de julho de 2010

O que sobrou da copa

A copa do mundo mobiliza um monte de gente em torno da competição, seja direta ou indiretamente.

Os envolvidos diretamente, caso de jogadores e comissão técnica ganham mesmo quando perdem. As redes de TV, rádio, jornais e todos os sistemas de comunicação também faturam com a venda de cotas de patrocínio. A verdade é uma só: todo mundo ganha, exceto o torcedor que paga assinatura da TV fechada; compra pacotes de viagem e ingressos para ver os jogos, enfeitam carros, ruas, casa e tudo mais – e paga por tudo isso – para torcer.

Agora, o que mais me deixa estarrecido é o caso de quem tem de compensar as horas que saiu mais cedo (ou entrou mais tarde) do trabalho por conta dos jogos. Mesmo quem não gosta de futebol teve de usufruir da benesse, em detrimento da maioria e agora, mesmo com a seleção brasileira fora do mundial, tem de ficar até mais tarde pra repor as horas não trabalhadas.

Um amigo meu, que não gosta de futebol, me mandou um e-mail muito sugestivo para o caso.

Ele diz: Olá pessoal.
Estão tristes pelo Brasil, vocês que gostam de futebol?
Meus pêsames, eu estou tranquilo, mas fico triste com as coisas que "sobram" da copa.

Mesmo com o Brasil saindo da copa ainda teremos que pagar as horas de serviço de hoje (5 horas que o brasileiro dedicou para torcer pela seleção)! Tínhamos que fazer os jogadores pagarem por nós. Hehehe.

E eu complemento: só os jogadores, não. O anão feio de jardim, também.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Para ouvir e não tecer comentários

Ouça e aprenda com quem sabe. De fato!

http://www.youtube.com/watch?v=VCFCEklxDYM

2010 só começa em outubro

O ano no Brasil, geralmente começa depois do carnaval. E não adianta espernear, porque a coisa para em meados de novembro – quando as lojas começam a expor suas vitrines de pisca-pisca e propagandas decoradas com neve em pleno verão tropical – e só volta a funcionar depois do reinado de momo.


Neste ano, além dessa pisada no freio, ainda tivemos a copa do mundo e agora com a seleção do anão feio eliminada, continuamos estagnados, à espera das eleições.

E por mais que o brasileiro seja atrapalhado com a avalanche de datas comemorativas, feriados e a própria copa do mundo que nos atrazou ainda mais para começar o ano... deu uma tristeza ver o Brasil perder.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Imagens para não esquecer, principalmente em ano de eleição

Todos os dias recebo um punhado de coisas virtuais. A maioria delas, completamente descartáveis, outras nem tanto e algumas poucas (pouquíssimas, diga-se) usáveis.


Essas fotos são dessas mensagens que temos de ter na memória, principalmente, em ano de eleição.

Veja e memorize:
Nosso transporte público. Super confortável.

Mais uma interessante

Fotinhas para não esquecer