sexta-feira, 11 de junho de 2010

É o fundo do poço, é o fim do caminho

Hoje tive a infelicidade de estar no trânsito de São Paulo, exatamente no horário do jogo entre África do Sul e México. Digo infelicidade porque é um horário em que mantenho o rádio ligado para ouvir notícias de trânsito e o que mais estiver acontecendo por aí. Não consegui.

A maioria das rádios de notícias transmitiam o tal do jogo. Três emissoras do grupo Bandeirantes: Band News FM e Rádio Bandeirantes (AM e FM) e as rádios Eldorado AM e Jovem Pan AM também. Pensei que minha tábua de salvação seria a CBN, mas, apesar de não estar transmitindo, o assunto era a copa. Fabíola Cidral conversava ao vivo com um repórter que se encontrava no estádio onde a partida era disputada e contava detalhes de cada lance.

É impressionante como a mídia esgota as possibilidades de abordagem de um assunto, quando ele tem apelo popular. Basta que uma coisa esteja em evidência, que somos compulsoriamente obrigados (perdão pela redundância) a acompanhá-la das mais diferentes formas.

É impressionante também como os marqueteiros conseguem vincular seus produtos – sejam eles quais forem – ao assunto do momento. Só pra dar um exemplo: ouvi uma propaganda de tubos de PVC que relaciona uma compra do produto à marcação de um golaço. Que mente fértil... O que que uma coisa tema ver com a outra?

Ou seja, até no intrevalo comercial o assunto não muda.

Voltando ao transito: tasquei uma Elis Regina, que me acompanhou até o trabalho. Ó que lindo.

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