terça-feira, 20 de julho de 2010

Vem aí mais um campeão de... TVs desligadas

Está quase chegando a hora do horário eleitoral gratuito. A propaganda na TV e no rádio começa em 17 de agosto e termina só em 1 de outubro.
É um espaço disputado a unhas e dentes pelos candidatos que pleiteiam um (ou mais um) mandato.

O mais interessante disso tudo é a cara de pau com que a maioria deles vai ao ar tentar nos convencer de que merece nosso voto sagrado. São promessas mirabolantes, ofensas aos adversários, fórmulas prontas para resolver problemas milenares em poucos meses e projetos que nunca saem do papel.

Subliminarmente, grande parte deles só quer mesmo as mordomias que um cargo político proporciona. Travestidos de cordeiros, os lobos almejam gordos salários, uma penca de acessores, verbas de gabinete e mais um monte de benefícios bancados por nós contribuíntes. Um absurdo.

Para não ficar chovendo molhado, porque todo mundo já sabe disso, vejamos alguns exemplos:

Entre salário mensal e verbas de gabinete, o custo de um deputado federal chega a R$ 102,3 mil. E nós é que pagamos.

Já os deputados estaduais paulistas são mais modestos. Cada um deles ganha cerca de R$ 29,5 mil por mês, assim composto: R$ 9,6 mil de salário, R$ 2,2 mil para auxílio moradia, R$ 991 de ajuda de custo e R$ 16,6 mil de verbas de gabinete. Uma ninharia, coitados.

O gasto anual com os 81 senadores chega à casa dos R$ 10,2 milhões. Detalhe: cada um deles tem direito a carro, motorista particular e 25 litros de combustível por dia, tudo fornecido pela casa.

O presidente da República é o mais modesto. Seu salário é de apenas R$ 8,8 mil mensais.

Portanto se você, astuto leitor, pretende não votar em protesto a isso tudo, está redondamente enganado. Lembre-se de que, a cada abstenção, esses políticos crônicos que emendam um mandato no outro e só dão as caras em época de eleição, têm mais chances de ser re-e-e-e-e-e-leito e de continuar sendo sustentados por nós, que não os tiramos de lá. Seja por votar errado ou simplesmente por não votar.

Olha aí, uma chance de eleger alguém que conhecemos de verdade e, portanto, podemos cobrar trabalho.

Não se esqueça que, de uma forma ou de outra, alguém vai ocupar as vagas e gastar nosso dinheiro.

Se não tiramos uma boa parte dessa turma de lá, o horário eleitoral gratuito pode nos sair muito mais caro do que imaginamos.

Um comentário:

  1. O que eu não entendo é por que uma criatura que ganha quase 10 mil reais ainda precisa de auxílio moradia e ajuda de custo. Nós, trabalhadores "normais" ganhamos nosso salário e só. Seja muito ou seja pouco, temos que nos virar com ele. E o Presidente, que é o cargo mais alto, é o que ganha menos... A pergunta que fica é: votar em quem?!?!

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